Casa

Casal constrói casa biofílica incrível com telhado verde no seu quintal

O que torna uma casa única? O seu design, a forma como foi construída, a decoração? Para Heather e Walker, a casa que construíram destaca-se claramente.

“Biomimética. É o princípio da nossa casa – o design biofílico”, disse Walker. Ao olhar de relance para a casa de Heather e Walker, vai reparar como a estrutura da casa alude à proporção áurea – um conceito de matemática e design, que ocorre de forma orgânica na natureza.

“No meu mundo, conversamos muito sobre Biofilia, que é uma espécie de conexão inata do ser humano com a natureza”, continuou Walker, acrescentando ainda que as linhas retas não existem na natureza.

A pequena casa mede 23m2, com um telhado verde discreto que obrigou a algumas tentativas e experiências, mas depois de um tempo, Walker descobriu como torná-lo sustentável. O casal usou tapete de espuma reciclada, uma camada de solo fortificado com biochar, uma mistura leve de pedra-pomes e mais alguns componentes que tornaram realidade o seu desejo ambicioso.

Heather e Walker construíram a sua casa a partir do princípio do “Living Building Challenge”: “todo o edifício deve ser construído da mesma forma que uma flor existe no seu lugar: enraizado, coletando a água que cai e usando o sol que bate sobre ele”.

E, como uma bela flor capaz de sustentar a sua existência, a casa biofílica do casal fornece beleza e praticidade, equipada com as ferramentas necessárias para a reciclagem.

Na verdade, a maioria dos materiais usados ​​na construção da casa também é reciclada. Desde o telhado curvo inspirado em Fibonacci, as paredes recuperadas de Barnwood e o telhado verde – todos os aspetos foram pensados ​​a cada passo do caminho.

Apesar do tamanho reduzido da habitação, a entrada principal melhora o espaço e facilita a transição do ambiente do exuberante exterior para o interior humilde. Enquanto isso, a claraboia fica no telhado em cima da entrada, dando uma ampla luz natural durante o dia. “É transparente, sinto que posso estar dentro de casa mas ainda a usufruir do exterior”, explicou Walker.

No interior, a primeira coisa que chama a atenção são as janelas que dão a toda a estrutura um ar aconchegante e libertador. Uma grande janela recebe-nos entrar, e os olhos levam-nos até um teto de carvalho reciclado com um design que lembra o dossel de galhos numa floresta.

Heather esteve no comando das escolhas de design de interiores e layout da casa e inspirou-se no princípio escandinavo de ‘hygge’, comumente conhecido como “arte do aconchego”.

O objetivo de Heather de trazer a natureza para dentro foi bem-sucedida: à direita, vê-se um lounge posicionado compactamente ao lado de duas janelas, e quando há convidados, a área possui pequenos móveis que podem ser convertidos num banco.

Logo acima da sala de estar fica o loft onde a filha Michaela adora aninhar-se e ler sob as luzes penduradas.

No lado esquerdo da casa está a cozinha, com uma bancada deslumbrante com uma placa de corte extraível e uma extensão acoplada para transformar tudo numa mesa para três.

A espaçosa cozinha possui uma pia profunda e um fogão a gás. A despensa e a máquina de lavar e secar estão localizadas no lado oposto. A poucos passos da cozinha, fica a casa-de-banho de inspiração japonesa. Apesar da divisão estreita, Heather e Walker ainda conseguiram instalar uma pequena banheira.

Além da beleza da casa biofílica do casal, existe um objetivo maior – uma casa sustentável que incorpore biofilia e biomimética para ajudar o planeta. “Com este tipo de construção podemos mudar o curso dos seres humanos no ambiente”, disse Walker com convicção.

O casal considera que morar numa casa pequena é mais do que descobrir maneiras originais de aproveitar o espaço: “trata-se de um esforço consciente e uma forma consciente de viver”.

https://youtu.be/15M0N3nwiP0

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