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Diretor corta o cabelo de um aluno que estava com vergonha: tinha medo que troçassem dele por causa da sua aparência

Recentemente, a imagem de um diretor a cortar o cabelo de um dos seus alunos tornou-se viral nas redes sociais.

“Ele recusava-se a tirar o chapéu. Então, sentei-me com ele e perguntei-lhe porquê”, conta o diretor da Stonybrook Intermediate and Middle School, Jason Smith.

O jovem respondeu que tinha cortado o cabelo mas não gostou do resultado, pois a linha tinha ficado “meio estranha”.

Jason diz que gostou do penteado do aluno, mas compreendeu que a falta de confiança dele na própria aparência o estava a impedir de ir à aula.

“Eu cortei cabelos a maior parte da minha vida. Joguei basquetebol universitário e cortava o cabelo dos meus companheiros de equipa antes dos jogos e tenho vindo a cortar o cabelo dos meus filhos há 17 anos. Então, tenho tesouras e aparadores profissionais em casa e perguntei ao meu aluno se ele voltava para a aula caso eu os fosse buscar e lhe cortasse o cabelo ao seu gosto. Ele concordou”, conta Jason.

Depois de ter o cabelo cortado pelo diretor, o aluno cumpriu a sua parte do acordo e foi para a aula.

Embora um corte de cabelo perfeito possa parecer trivial para alguns, Jason disse que sabe que para um menino negro do ensino médio, pode significar o mundo.

“Este tipo de coisas são fatores de aceitação pelos colegas. É importante, especialmente para um jovem afro-americano. Os cortes e penteados de cabelo são um grande negócio nessa comunidade. Ter uma boa aparência é ótimo para as crianças”, disse Jason.

Enquanto muitos dizem que o diretor foi solidário e além das suas funções, ele respondeu que simplesmente fez o que devia – não só por ser o diretor, mas por ter a missão de mudar a cultura da sua escola e torná-la um lugar onde se resolvem problemas em vez de os piorar.

“Não estamos a disciplinar a mal. Eu podia ter ligado ao pai do jovem para o levar para casa, mas optei por chegar à raiz do problema e ver o que podia fazer para ajudá-lo”, explicou o diretor.

Jason, que está a tirar um doutoramento em Educação, disse que procura diariamente as melhores maneiras de criar o melhor ambiente de aprendizagem possível para os seus alunos.

“Isto pode ser uma lição para todos os educadores sobre como ter empatia para com os seus alunos. Ele não estava a tentar faltar à aula, apenas pensou que os colegas iam rir dele. Então, a solução era perguntar o que podia fazer para ajudar”, concluiu.

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