Hoje trazemos-lhe um lindo poema de Henry Scott Holland, teólogo e escritor britânico que se tornou conhecido no fim do século XIX.
“A morte não é nada” é o título do poema em questão, que muitos consideram ser o mais bonito do autor.
Infelizmente, todos nós temos de lidar com a morte, e é muito difícil seguir a nossa vida após perder alguém que amamos. Ainda assim, temos de nos esforçar para recordarmos essas pessoas com carinho e alegria.
Para ajudar nos momentos mais sombrios, deixamos de seguida o poema escrito em 1910:
“A morte não é nada. Não conta.
Eu só passei para o outro lado do caminho.
Nada aconteceu.
Tudo continua exatamente como estava.
Eu sou eu e tu és tu e a vida passada que nós vivemos tão bem juntos
Está inalterada, intacta.
Nós ainda somos o que éramos um para o outro.
Chama-me pelo nome que sempre chamaste,
Fala comigo da mesma maneira carinhosa que sempre falaste.
Não mudes o tom de voz,
Não assumas um ar solene ou triste.
Continua a rir do que nos fez rir, daquelas pequenas coisas que tanto gostávamos quando estávamos juntos.
Sorri, pensa em mim e ora por mim.
Que o meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo.
Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.
A nossa vida preserva todo o significado que sempre teve:
Como antes, o fio não foi cortado.
O que é a morte, se não um acidente insignificante?
Porque é que eu deveria estar fora dos teus pensamentos e da tua mente, só porque estou fora da tua vista?
Eu não estou longe, estou do outro lado, ao virar da esquina.
Está tudo bem; nada está perdido.
Um breve momento e tudo será como antes.
E vamos rir muito dos problemas da separação quando nos encontrarmos novamente!”
Se perdeu alguém querido, desejamos-lhe toda a força do mundo, e esperamos que este poema tenha aliviado um pouco a sua dor.