Quando um grupo de pessoas passou por uma casa em Yaroslavl, em Moscou, ouviram um bebé chora, mas não deram grande importância pois era uma coisa natural.
Porém, o choro continuou ao longo de vários dias, e ao ver que a casa não tinha ninguém, decidiram chamar as autoridades.
A polícia arrombou a porta da frente e deparou-se com uma menina de um ano sentada sozinha numa sala às escuras e vazia, no meio da sujidade. Aparentemente, os antigos proprietários da casa tinham levado tudo menos a filha, e a menina foi logo levada para o hospital.
No hospital, os médicos informaram as autoridades de que a bebé estava esfomeada, muito cansada e tinha um quadril partido.
Após as investigações, a polícia descobriu que a bebé se chamava Liza Verbitskaya, mas não conseguiram encontrar os pais dela, por isso ia ser encaminhada para um orfanato.
Porém, uma mulher chamada Inna Nika tinha ido visitar o filho ao hospital na mesma altura em que Liza lá estava, e soube da sua história, tendo ficado bastante emocionada. A partir daí, começou a levar fraldas e brinquedos para a menina.
Inna já tinha dois filhos, por isso nunca tinha pensado em adotar uma criança, mas quando Liza saiu do hospital rumo ao orfanato, ela sentiu que o lugar da pequena era consigo.
“Eu pedi o endereço do lugar para onde a levaram e fui lá o mais rápido possível. Eu já nem sei como cheguei lá”, conta Inna.
Passados alguns meses, o pedido de adoção foi aprovado e Liza pôde ir viver com a sua nova família oficial.
Liza já tinha 2 anos, mas ainda não conseguia ingerir comida em estado sólido e tinha medo de sons altos, não conseguindo andar bem.
Eventualmente, Inna inscreveu-a em aulas de dança, para que a pequena começasse desde cedo a trabalhar na sua coordenação.
O amor e dedicação de Inna foi fundamental para o desenvolvimento de Liza, que se tornou muito mais forte e saudável depois de entrar na dança.
Quando foi para a escola, ninguém diria que alguma vez tinha sido abandonada pelos pais e passado uma semana sozinha numa casa com apenas 1 ano.
Como tinha uma imagem distinta e algo exótica, Liza destacava-se, o que nem sempre era positivo pois alguns colegas da sua turma chamavam-lhe nomes. Contudo, Liza não se importava pois sentia-se bem na própria pele!
“Quando ela era pequena, eu disse-lhe que as pessoas a iam sempre encarar, e para ela se preparar para isso”, conta Inna.
Aos 12 anos, Liza já tinha vencido várias competições de talento e beleza, e fez diversos trabalhos como modelo.
A certo ponto, Liza ficou conhecida como “a menina mais bonita do país”, e essa fama fez a mãe biológica reaparecer e querer aproximar-se.
Passados 11 anos, lembrou-se que a bebé que deixou cruelmente para morrer era de facto sua filha, mas era óbvio que se tratava de interesse.
Felizmente, o pedido da mãe biológica foi negado, e não vai poder sequer aproximar-se da criança até esta ser maior de idade e poder decidir por si própria.
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