A infância é a melhor altura da nossa vida: podemos contar com a constante proteção dos nossos pais, sempre prontos para nos ajudar.
É a melhor sensação do mundo saber que podemos contar com os nossos guardiões, em quem depositamos toda a confiança. Os pais sabem sempre como nos fazer sentir seguros e amados, algo que não tem preço.
Infelizmente, com o tempo, os nossos heróis vão perdendo a força e a energia, e passamos a ser nós a cuidar deles.
É muito complicado aceitar o facto de que os pais envelhecem, e por isso às vezes sentimo-nos irritados com as pequenas limitações que vão revelando com o tempo.
A cada dia que passa, os seus cabelos vão ficando mais grisalhos, as rugas mais profundas, e já não conseguem reagir com a mesma autonomia e prontidão que outrora às nossas necessidades.
É normal sentir alguma raiva em relação à vida, quando sentimos que estamos aos poucos a perder a proteção a que tivemos direito quando eramos jovens, mas temos de repetir muitas vezes o seguinte: não é por maldade ou descuido, é o ciclo da vida.
Quando começamos a reparar na perda de vitalidade dos nossos pais, somos dominados por angústia e preocupação. A verdade é que um dia seremos como pais dos nossos pais.
Passaremos nós a ser os seus guardiões, retribuindo o que nos deram não só por sentido de obrigação como por amor puro, e isso significa vigiar a saúde deles e poupá-los de preocupações.
Com o tempo, deixamos de lhes contar as nossas ansiedades e medos e começamos a suavizar a realidade, para os protegermos a nível emocional e físico.
Fazemo-lo porque os pais têm direito a sentir-se cansados e ser finalmente cuidados, depois de terem cuidado de nós tanto tempo.
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