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Menina é expulsa de escola cristã por dizer à amiga que gostava dela: “Deus já não me ama?”

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Recentemente, uma aluna de 8 anos chamada Chloe Shelton foi expulsa da escola primária cristã Rejoice Christian School em Owasso, Oklahoma, depois de dizer a uma colega que tinha uma paixoneta por ela.

Chloe foi imediatamente retirada do recreio e passou as horas seguintes na sala do diretor, consequentemente perdendo as aulas, contou Delanie Shelton, a mãe da pequena Shelton.

“Antes mesmo de ser chamada, o vice-diretor disse à Chloe que a Bíblia diz que as mulheres só podem ter filhos com um homem. Ele perguntou-me como me sinto sobre as meninas gostarem de meninas e eu disse-lhe que não vejo problema nisso”, disse Delanie.

No dia seguinte, o vice-diretor ligou para Delanie para dizer que a escola terminou a sua parceria com a família Shelton, expulsando Chloe e até mesmo o seu irmão de 5 anos.

“As suas crenças não se alinham com as nossas”, justificou o vice-diretor, quando questionado por Delanie.

“Eu fui tão apanhada de surpresa. Fiquei com raiva, magoada, senti-me traída, triste… tantas emoções diferentes. Eu simplesmente não conseguia acreditar. Pedi-lhe que fizesse uma reunião para discutir e processar melhor e ele recusou, dizendo que nada mais precisava de ser discutido”, conta Delanie.

Joel Pepin recusou-se ainda a comentar publicamente, afirmando que “devido à privacidade e outros fatores, é política da escola abster-se de comentários públicos sobre qualquer aluno ou família em particular”.

O manual da escola afirma que “qualquer forma de imoralidade sexual” vai contra as suas crenças, incluindo “professar ser homossexual/bissexual”, sendo que os alunos que não “se conformam aos padrões e ideais de trabalho e vida” na escola perdem o “privilégio” de comparecer.

Os alunos também não podem fazer demonstrações públicas de afeto, incluindo dar as mãos, abraçar ou beijar, afirma o manual. A gravidez também é motivo para demissão, embora o aluno possa, em vez disso, ser “educado em casa”, para que outros alunos não sejam “influenciados por mau exemplo”.

Delanie disse que não tinha lido explicitamente o manual quando matriculou Chloe na escola, quando a pequena tinha 4 anos.

“Não se trata um relacionamento nem nenhum ato prático. É apenas uma paixoneta de criança. Para uma criança de 8 anos, pode até significar apenas que ela gosta de brincar no parque com a amiga”, explicou a mãe.

Enquanto isso, Chloe ficou arrasada e passou dias a chorar e a perguntar à mãe se Deus ainda a amava.

Kylie Holden, de 26 anos, é ex-aluna da escola em questão e identifica-se como bissexual. Holden disse que os seus amigos esperaram até se formarem para “sair do armário”. Então, quando ela ouviu sobre a experiência de Chloe, todas essas memórias voltaram e a ideia de que Chloe estava a questionar se merecia o amor de Deus ou de alguém abalou-a realmente.

“Este é o tipo de coisa prejudicial com a qual se lida para o resto da vida”, disse Holden, que publicou sobre isso no Facebook, oferecendo-se para acompanhar e apoiar a família Shelton.

Entretanto, muitas pessoas do Canadá até Louisiana, a maioria das quais nunca conheceu Chloe nem tem qualquer ligação com a escola, entraram em contato para enviar dinheiro, presentes e cartas para Chloe.

“Só não quero que ela se sinta como nós sentimos. Não quero que ela cresça a pensar que não tem valor, porque isso não é verdade”, disse Holden.

Até agora, Chloe recebeu mais de 150 mensagens de pessoas de todos os EUA, a dizer-lhe o quanto estão orgulhosos dela e garantindo-lhe que ela é amada por eles e por Deus.

“Ela está a sentir-se tão amada e apoiada agora por causa de tantas pessoas incríveis que nos procuraram. Agora está muito animada para um novo começo numa nova escola”, informou Delanie.

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