Esta é a história de Cassidy Trevan, uma jovem de Melbourne, Austrália, que infelizmente foi vítima de bullying a nível físico e psicológico.
A jovem era agredida e gozada pelos colegas, e a certo ponto deixou de conseguir ir à escola, durante um semestre. Após esse período, Cassidy decidiu regressar à escola e as raparigas que lhe faziam bullying pediram-lhe perdão e perguntaram se ela queria ser amiga delas e ir a uma festa com elas.
Como queria muito ter amigos, Cassidy acabou por aceitar o convite, sem fazer ideia que elas estavam a planear levá-la para uma casa na vizinhança onde estavam dois rapazes mais velhos que iam abusar dela.
Então, as raparigas ficaram no exterior da casa, e deixaram Cassidy lá dentro, a ser abusada, e depois de toda esta situação traumática a mãe dela ajudou-a a mudar de escola.
Contudo, as raparigas continuavam a persegui-la e até a atacaram numa loja, contribuindo para que Cassidy ficasse cada vez mais deprimida e nem conseguisse sair da cama.
Infelizmente, em dezembro de 2015, Cassidy cometeu suicídio, e a mãe dela decidiu revelar a carta que a jovem escreveu antes de morrer:
“Eu era uma aluna da escola (X) e fui abusada por alunos que ainda estudam lá. A minha intenção é alertar outras pessoas (alunos principalmente, mas também os pais) sobre o que acontece, porque eu preocupo-me com a possibilidade de eles fazerem isso com outras raparigas como eu.
Tu tens o poder de parar isto. Lembra-te que as pessoas que me fizeram isso estudavam comigo. É difícil de acreditar, eu sei. Mas é verdade. Não estou a fazer isto para me vingar dos alunos que abusaram de mim, planearam tudo e me fizeram bullying por causa disso.
Estou a fazer isto porque todos os 1500 estudantes, entre 7 e 12 anos, que estão matriculados nesta escola precisam de ficar alerta. Eu sinto isso pelo que aconteceu comigo, e pelo facto da escola não ter feito nada para me ajudar (vou falar um pouco mais sobre isso depois). É meu dever alertar-vos para o que aconteceu (não só pelo que podem ter ouvido na escola, mas para o que realmente aconteceu).
Mas também estou a fazer isto por mim. Quero, finalmente, ficar em paz depois de um ano e meio. É surpreendente o número de alunos da escola que ouviram histórias sobre mim e que, estranhamente, continuam a falar coisas sobre mim até hoje. Ainda recebo mensagens de colegas que nunca me conheceram a chamar-me de vagabunda pelo Facebook. Mudei de escola, de casa, e ainda entram em contato comigo para fazer bullying…
O meu nome é Cassidy Trevan, e fui abusada. Se alguém tentar fazer isso contigo, acredita: vale a pena lutar! Luta! Se não fizeres isso vais-te arrepender para o resto de sua vida como eu. Tu podes fazer isso. Fica a salvo.”
Uma carta emocionante que deve ser partilhada para evitar que mais casos acabem como o de Cassidy.
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