Inspiração

Menina de 10 anos nascida sem mãos ganha competição nacional de escrita

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Sara Hinesley, uma estudante de 10 anos, ganhou recentemente um prémio pela sua caligrafia impecável. Mas o que torna a sua vitória ainda mais notável é que ela nasceu sem mãos!

A jovem escreve segurando uma caneta entre as duas extremidades dos braços, e por mais difícil que pareça, consegue produzir textos com uma letra bonita e organizada.

Sara ganhou o Nicholas Maxim Award no Concurso Nacional de Caligrafia Zaner-Bloser de 2019, concedido a alunos com algum tipo de atraso cognitivo, deficiência intelectual, física ou de desenvolvimento, e cujo júri consiste numa equipa de terapeutas ocupacionais.

No 3º ano da Escola Católica Regional de St. John, em Frederick, Maryland, Sara foi motivada a treinar a sua caligrafia pela professora, e descobriu que tinha um talento natural. “Eu pensei que era fácil e pratiquei na escola”, conta.

Como uma artista nata, Sara considera a letra cursiva uma forma de arte. Para além de um troféu, Sara receberá US $ 500 em prémios e US $ 500 em materiais educacionais para a escola.

A família Hinesley adotou Sara – que nasceu na China – há 4 anos, quando ela tinha apenas 6 anos de idade. Quando ela foi para os EUA, só sabia escrever e falar mandarim, mas aprendeu rapidamente inglês, graças à sua irmã Veronica.

Sara é uma pessoa naturalmente estratégica, e conseguiu descobrir um método de escrever sozinha. “A Sara é muito motivada e é uma aluna disciplinada. Ela destaca-se em tudo o que experimenta”, diz Cathryn Hinesley, a mãe das meninas.

Quando lhe é oferecida ajuda ou uma ferramenta que possa facilitar algumas tarefas, a jovem recusa. Por esse motivo, Sara nunca usou próteses. E honestamente, nem parece precisar.

“Ela tem um traço independente. Simplesmente sabe que consegue fazer tudo e que vai descobrir o seu próprio caminho. Ela é linda, forte e poderosa tal como é, e vive assim”, continua Cathryn.

Sara gosta de desenhar as coisas à sua volta, como girassóis, durante o seu tempo livre. Além disso, gosta de nadar, brincar com a irmã e jogar xadrez. É muito bem-educada e há pouco que não esteja disposta a tentar, segundo a mãe.

“A Sara é uma prova da perseverança e do espírito humano. Todos os dias fico impressionada com o que ela é capaz de fazer e o que escolhe fazer. Ela não tenta encontrar uma maneira de evitar um obstáculo, ela encontra uma forma de concluir a tarefa”, acrescenta Cathryn.

Sobre o prémio, Sara diz que se sente muito “empolgada e orgulhosa” e que espera inspirar outras crianças com deficiência e mostrar-lhes que se se esforçarem ao máximo, conseguem alcançar os seus objetivos.

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