Emocionante
A traição é a escolha mais covarde que existe
Infelizmente, muitas pessoas já foram vítimas de traição, por parte de pessoas que amavam profundamente e em quem confiavam com todo o coração.
Este texto é dedicado a todas elas, que certamente se vão identificar com todas as palavras:
“Quem trai jamais terá a noção exata do buraco gigante que cavou no peito do outro.
Ser traído é ter a confiança roubada, pelas costas. É ter a inteligência subestimada e a autoestima feita em pedacinhos minúsculos.
A dor da traição é extremamente complexa, porque quebra os alicerces sobre os quais foi construída uma relação.
O interior daquele que foi traído jamais voltará a ser o que era.
Ser enganado altera a capacidade de interpretar os sentimentos. Ficamos frágeis, confusos, temos dificuldades em discernir o que é real do que é ilusão destruída.
Quem é traído acaba por procurar no seu comportamento ou nas suas atitudes a razão para tudo o que aconteceu, torna-se suspeito da má ação do outro.
E dói. Dói por inúmeras razões. Dói porque é desnecessário, dói porque diminui a importância da história partilhada, dói porque não há nada que justifique a quebra da confiança.
A traição é a mais covarde das escolhas. É optar pelo caminho mais fácil. É arrastar para dentro de um buraco o que devia ser honrado e valorizado.
Perdoar a traição é daquelas coisas que foge à nossa capacidade racional. E quando acontece, muitas vezes é apenas porque existe nessa atitude uma esperança em fazer cessar o sofrimento.
Perdoa-se numa tentativa de esquecer, como se fosse possível apagar os danos.
Quase sempre não é. E o tempo acaba por revelar as fissuras no relacionamento, por onde emergem ressentimentos, mágoas e culpas.
Por mais que seja triste, no fim de contas o melhor que se pode fazer é mesmo cortar os laços. Deixar que a ferida cicatrize em paz. Seguir em frente e deixar que o outro descubra por si mesmo que havia outra escolha, e só não foi capaz de a fazer.
E depois disso, depois de conseguir dar um ponto final definitivo nessa história, é necessário projetar para si mesmo um modelo mais saudável de relação, no qual o compromisso seja partilhado, assumido e respeitado por ambos.
Porque errar na escolha do parceiro é humano, persistir na escolha errada é falta de amor próprio.”
Texto de Ana Macarini.
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